segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sonhar com cigarro e outras notícias

Três meses depois, sonhar com o cigarro continua uma constante. Engraçado, não são sonhos parecidos com os que eu tenho normalmente: não há imagem, não há pessoas, só sensações.

Os sonhos --ou pesadelos-- com o cigarro acontecem, normalmente, depois de uma noite com álcool. Por isso, constantes.

Quando eu acordo, sinto que fumei. Na cabeça, reminiscências de um cigarro, um prazeroso cigarro. É aquela lembrança de amnésia alcólica, fantasmas, a dúvida sobre o que aconteceu de verdade.

Ainda bem que isso passa rapidamente, e todas as dúvidas se dissipam: com certeza, não fumei nenhum cigarro bebâdo de que eu não me lembre.

Mas...

Sempre tem um mas.

Sonhar com o cigarro não satisfaz minha vontade de fumar, aumenta.

As crises de abstinência acabaram, não sofro.

Porém, às vezes, eu vejo alguém fumando e o desejo vem como avalanche de prazer, sem dor. Só me lembro dos bons momentos que o cigarro me proporcionaram nos sonhos. Não na vida real de meus 15 anos de fumante. A lembrança é do cigarro que não existiu, o prazer do cigarro onírico.

Mas mas...

Às vezes tem dois mas. Disse que não fumei, com certeza, quando bebâdo.

Só que sucumbi sóbrio; era fumo de corda, picado no canivete, enrolado na palha de milho e dois ou três tragos. Não é desculpa, não valeu a pena.

A fumada foi no último fim de semana --Virada Cultural.

Fim de semana de mau agouro.

Malfeitores deram conta da minha carteira e quase me transformaram em reacionário. Pensei em comprar uma roupa de Batman e fazer justiça com as próprias mãos.

Mas a vontade passou. Como a de fumar.

Bons sonhos.

Um comentário:

Jussara Soares disse...

Oi, Gustavo.
Interessante o seu blog. Tem um e-mail que eu possa entrar em contato com você?
Jussara Soares
jussara_soares@hotmail.com