sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dependência de nicotina

A dependência de nicotina é uma realidade. Cada vez que eu tento parar de fumar, entendo melhor o significado da palavra dependência.

Sem nicotina, fica difícil fazer qualquer coisa. Você depende de um cigarro até para pensar em como parar de fumar!

domingo, 1 de maio de 2011

Propaganda de Cigarro clássica - 1948 - stop motion

Faz tempo que eu não posto uma propaganda de cigarro daquelas bem antigas.

Este vídeo de publicidade do Luck Strike foi feito com stop motion. A proganda de cigarro em animação é antiga: foi feita em 1948.

tá difícil parar...

Mas eu diminui bastante o número de cigarros por dia desde que eu  comecei a usar os adesivos de nicotina: tipo, quando eu fumo três cigarros em um dia, já é muito.

E não tenho tido vontade de fumar ou crise de abstinência. Acho que já escrevi aqui, mas repito: às vezes, acho que mais do que a dependência de nicotina, acabo fumando por falta de vergonha na cara. É um jeito de dar uma voltinha durante o trabalho, desfocar, viajar cinco minutinhos...

Mas espero que em no máximo duas semanas eu possa parar até com esses poucos cigarrinhos no dia.

Ah: um incentivo: estou voltando a sentir cheiro... é muito bom andar na rua de manhã (aroma de padaria), na hora do almoço (cheirinho de comida) e quando começa a escurecer (e desce o véu da dama da noite).

Espero ter mais tempo para escrever aqui --significa que eu não fui relaxar tragando, mas no blog.

domingo, 24 de abril de 2011

Um tempinho

Não está fácil arrumar tempo para escrever aqui. Como não está fácil arrumar tempo para fumar, o que é bom.

Estou acabando o segundo maço de adesivos de nicotina e conseguindo sobreviver com, mais ou menos, o número de cigarros liberados pelo médico --no momento, três por dia. Não comecei a mascar as gomas de nicotina, já que o objetivo é acostumar meu cérebro com menos dorgas.

Para ser sincero, fumo amparado pela falta de vergonha na cara do que pela instigado pela vontade. Daria para passar fácil sem cigarro, mas como meu trabalho anda muuuuito agitado, o cigarro acaba sendo aquele tempinho para dar uma levantada, respirar... bem, respirar não. 

Mas já sinto outro incentivo para parar chegando, junto com as temperaturas mais baixas e o ar seco: minha respiração já começou a virar uma sinfonia de assobios aflitivos. Então tenho essa motivação a mais. O problema é que só lembro dela quando respiro...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

comprei os adesivos

Comprei os adesivos de nicotina. A primeira coisa a se notar é  o preço: 50 pilas, sete colantes, para uma semana de tratamento. Um pouco mais de sete reais por adesivo de uso diário. Ou seja: vou gastar mais do que perdia com cigarro. O tratamento com adesivo, diz a bula, dura entre oito e dez semanas --ou quinhentos contos, digo eu. Uma grana de verdade.

A bula também alerta para os efeitos da superdosagem da nicotina: de dor de cabeça a diarreia (espero não estar fazendo uma cagada usando os papeizinhos).

Na caixinha do remédio, também há um guia com instruções para ajudar a parar de fumar, tipo:
1. quando a vontade for grande, beba um copo de água, concentre-se em conversar com alguém, dê uma voltinha; normalmente a fissura passa em alguns minutos.

2. faça um diário sobre sua experiência para parar de fumar.

3. quando caíres em tentação, não desista: anote no diário o motivo que o levou a sucumbir e o evite, pelo menos ao longo do tratamento.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dia 1 - parando de fumar

Ontem fui ao médico e traçamos o plano para parar de fumar. Para os fracotes de plantão, é do tipo "para de fumar fumando".

Uma paulada: vou usar adesivos de nicotina 21 mg (ainda não sei o preço) na primeira semana, mais dois comprimidos de bupropiona (o genérico do zyban, já tomo para ansiedade) e chiclete de nicotina. Posso fumar até seis cigarros por dia. As gominhas devem ser usadas em último caso.

O doctor vai acompanhar de perto: posso ficar agitado por causa da nicotina ou até ter uma overdose da droga do cigarro (não é nada grave): dor de cabeça, tontura etc.

Por outro lado, ele garantiu que os efeitos da abstinência não serão grandes, afinal estarei usando nicotina.

Dependendo de como eu reagir, na segunda semana as doses caem para metade: adesivo de 7 mg, três cigarros.

O objetivo, pelo que eu entendi, é adaptar meu cérebro pra menos nicotina: hoje, ele já foi moldado para uma dose grande, os recepetores de não sei o quê têm que se acostumar com menos, progressivamente.

A empreitada dura dez semanas: é o tempo máximo indicado para usar os adesivos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O vício, o vício

Dois comentários recentes no blog surpreenderam: são de duas pessoas que usaram repositores de nicotina (chiclete, adesivo) não por um, dois ou três meses, mas por anos!

Sim, amigos. Anos. Considero que ambas venceram o vício psicológico do cigarro, mas o físico... é foda mesmo. Isso se chama dependência de nicotina!

Eu, que vou ao médico na próxima segunda para começar meu tratamento, fiquei ressabiado. Imagina depender por muito tempo de chiclete ou de adesivo de nicotina? Que merda vai ser.

E não adianta achar que não faz mal: provavelmente, usar nicotina por chiclete ou adesivo é menos prejudicial que por fumacinha, mas ainda assim nicotina é uma droga, chiclete deixa os dentes amarelados, dá ressaca de cigarro etc.

Fora que fica muito fácil cair em tentação né? Você tá lá, numa balada, bebou umas e outras, acabou o chicletinho, um monte de fumantes por perto... e aí? como faz?

As duas vezes que eu parei de fumar com chiclete, usei durante dois, três meses, antes de abandonar de vez. Mas depois de um tempo, voltei a fumar... O negócio é sempre manter uma goma por perto, à mão, meses, anos ou décadas depois. Mas troca, porque envelhece.

sábado, 12 de março de 2011

Propaganda contra cigarro

Uma série de publicidades divertidas e polêmicas contra o cigarro e o fumo passivo. Apelam, em geral, para o peso na consciência, a vaidade, o medo da morte.


















escravo do cigarro







































área para não fumantes






















evidência 4
















tô bonita?



com a mão do outro



Simpatia para parar de fumar

Quer acabar com a dependência de nicotina? Pegue um maço de cigarros cheio, um copo de vidro transparente, 20 litros de água mineral, cinco caixas de chiclete de nicotina, alguns quilômetros de rua e reze muito para a abstinência não ser forte.

Parar de fumar engorda?

Todas as vezes (como é ridículo dizer isso) que eu parei de fumar eu engordei de quatro a sete quilos. No dia a dia, sempre que eu sou ex-fumante, viro chocólatra. No bar, bebendo, o álcool, em vez de chamar por cigarros, pede porções de amendoim, calabresa, batatas fritas.


Parece que eu troco a dependência por nicotina pela dependência por calorias...



O pior é engordo facinho, naturalmente. Mas quando paro de engordar, não emagreço os quilos a mais naturalmente. E, sendo sincero e pessimista, voltar a fumar não me faz emagrecer também; o melhor é ficar sem cigarro mesmo para ter fôlego pra praticar exercícios.

Agora que eu vou parar de fumar com um plano traçado por um médico, com tratamento de reposição de nicotina, sem choques, espero engordar menos (para não sair voando por aí, em todo caso), mas já comecei a emagrecer preventivamente e estou  certo de que vou voltar a correr (exercício perfeito: grátis, pode ser feito sempre e em quase qualquer lugar e demanda fôlego para progredir).

Espero que dê certo, mas me conformo que não é o cigarro que precisa manter meu peso.

Abaixo, alguns comentários do Hospital Universitário da USP sobre parar de fumar e engordar.

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O que pode levar o ex-fumante a engordar?
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- Há uma melhora do paladar e do olfato.

- Gratificação oral – ex-fumantes sentem falta da sensação de ter algo para fazer com a boca e com as mãos. Comer ou beliscar é semelhante a ação repetitiva de fumar.

- Utilizar o alimento do mesmo modo que utilizava-se os cigarro ao lidar com o estresse, escapar do tédio, da tensão, passar o tempo ou como ajuda na integração social.

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Dez dicas da Associação Americana de Pulmão para ajudar controlar o peso após parar de fumar
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1. Faça o não fumar a sua prioridade número 1.

2. Monitorize o seu peso: pese-se pelo menos uma vez por semana.

3. Saiba o que você está comendo.

4. Faça refeições bem balanceadas regularmente.

5. Não coma mais do que você gasta em calorias.

6. Limite os beliscos.

7. Evite os doces.

8. Quando comer fora, coma com prudência.

9. Coma devagar e apoie o garfo entre cada garfada.

10. Faça exercícios regularmente.

Lembre-se que todos devem fazer uma alimentação saudável e atividade física e não somente o ex-fumante. Se ganhar algum peso após parar de fumar, é possível emagrecer tranqüilamente seguindo as orientações desse capítulo ou consultar um nutricionista para auxilia-lo nessa etapa do processo de cessação do tabagismo. E o mais importante é você sentir-se melhor do que quando fumava, além de ajudar sua família a ser mais saudável também.

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É possível parar de fumar e controlar o peso?
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Sim, seguindo uma alimentação balanceada.

O primeiro passo de uma boa alimentação é manter um peso saudável. Observe se está engordando ou emagrecendo e procure um nutricionista ou médico para saber porque isto está ocorrendo e como controlar. Caso não possa se pesar, observe se suas roupas estão mais largas ou justas.

Para que a alimentação seja saudável, é preciso que contenha todas as substâncias importantes para o bom funcionamento do organismo, nas quantidades adequadas para cada pessoa. Essas substâncias, chamadas nutrientes, são encontradas nos alimentos, como os macronutrientes proteínas, carboidratos, gorduras (ou lipídios) e os micronutrientes vitaminas e minerais. Além destes, a água e as fibras também têm um papel muito importante.

Saiba mais sobre Alimentação Saudável, Nutrientes, Controle de Peso e outros assuntos no site www.hu.usp.br.

Como parar de fumar e lidar com a abstinência de cigarro?

O site do Hospital Universitário da USP tem uma seção destinada ao tabagismo que aborda desde a história do cigarro até conselhos para traçar um plano para parar de fumar, como lidar com as crises de abstinência e uma parte impressionante, que divulga casos clínicos reais de fumantes.

Outro endereço que pode ajudar a quem quer parar com o cigarro é o Vya Estelar, que também fala sobre as crises de abstinência de cigarro e como diminiuir os sintomas da abstinência.

Outros links:

Tratamento da dependência da nicotina
Ronaldo Laranjeira e Analice Gigliotti

Fórum de Medicina - discussão sobre a crise de abstinência

Também é legal dar uma lida em matéria da BBC sobre os efeitos colaterais da crise de abstinência de tabaco. Ela mostra como os efeitos são muito, mas muito ruins nos primeiros dias, ou semanas, de crise, mas como vale a pena parar com o tempo.

"Quem pára de fumar corre mais riscos de desenvolver resfriados, dor de garganta, feridas e aftas na boca até seis semanas de abstinência.

É o que mostrou um estudo com 174 pessoas que pararam de fumar, publicado nesta terça-feira na Revista Médica Britânica de Controle do Tabaco.

Os autores da pesquisa acreditam que o aparecimento de aftas está relacionado à perda do efeito antibacteriano do fumo, que mata bactérias boas (que defendem o organismo de doenças), mas também nocivas. 

Já a maior propensão a refriados viria de uma redução da atividade do sistema imunológico, que também estaria relacionada ao fumo."

terça-feira, 1 de março de 2011

Sempre perguntam...

Bastante gente perguntou dos sintomas da abstinência, se o que eles sentem é abstinência.

No meu caso: já tive de tudo: desde suadouro até coração acelerado, desde depressão até fome incontrolável. Irritação e sonolência. É foda!

Por isso eu nunca consegui parar de fumar de uma vez. Todas as vezes que eu fiquei bastante tempo sem fumar, até passar uns dois meses de abstinência forte, usei chiclete de nicotina e fui diminuindo a dose.

Acho que no começo, a abstiência do cigarro e a falta do cigarro em geral pode dar de tudo, até o efeito rebote, o contrário do que deveria acontecer com o não-fumante: aumentar a pressão, piorar o sono, tirar o folêgo, tosse...


Mas vale a pena passar por isso, porque depois tudo isso aí melhora mesmo.

Plano para parar de fumar

Pedi ao meu psiquiatra que me ajudasse a parar de fumar. Ele concordou na hora, mas (ainda bem), não me mandou parar na hora. 


Sugeriu que eu diminuísse, quanto fosse, o número de cigarros até a próxima consulta.


O melhor: quando eu voltar, ele vai ter um plano para parar de fumar fumando: inclui cigarro!!! E bupropiona (zyban), chiclete, adesivo de nicotina e esporte. Não ter o pesadelo de o último maço, diminui-se gradativamente.

Eu já tomo zyban --ou o genérico, cloridrato de bupropiona-- para ansiedade. Mas... não senti o muito efeito na vontade fumar. Tô fumando mais do que antes de começar o tratamento.


Também já tenho uma caixinha de chiclete de nicotina. Esporte e adesivo, nada.


Depois eu conto como tá saindo mais uma tentativa definitiva!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

zyban faz mesmo parar de fumar?

amigos: faz quase dois meses que eu tô tomando o genérico do zyban em doses muito maiores, o cloridrato de bupropiona, ou BUP para os íntimos, e o resultado é... NULO.

Espero voltar com melhores novas da próxima vez. Semana que vem, volto aos chicletes de nicotina, correrei e beberei muita água.

Farei a tentativa de manual de parar de fumar e, desta vez, tomando zyban.

O medo é trocar a dependência de nicotina pela dependência pelo remédio...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

zyban ou bupropiona

Comecei a tomar cloridrato de bupropiona há cerca de um mês. Este é o princípio ativo do Zyban, mas meu objetivo, no momento, não é parar de fumar (pois é, eu voltei).

Porém em poucos dias eu entro de férias e pretendo retomar os esforços para parar de fumar. Espero que o remédio ajude --diminuiu pra cacete minha ansiedade de forma geral.

Além do Zyban-cloridrato de bupropiona, eu pretendo voltar a correr devagarzinho e com planejamento e usar chiclete ou adesivo de nicotina.

Vou contando aqui sobre os sucessos ou fracassos e como serão (ou não) as crises de abstinência, fissura etc.

O que vai ajudar, sem dúvida, é que não tô bebendo muito.

Então é isso:

1 Já mentalizei que quero parar de fumar

2 Já programei uma data

3 Tô tomando cloridrato de bupropiona --zyban é o nome comercial disso aí.

4 Planejo usar um repositor de nicotina (adesivo de nicotina ou chiclete)

5 Vou voltar a correr, que diminui a ansiedade e não combina mesmo com cigarro

6 Claro, vou ler e escrever de novo sobre os malefícios do cigarro