domingo, 15 de fevereiro de 2009

O Teste de Fagerstrom

Vira e mexe, eu faço testes para ver qual o meu nível de depêndencia de nicotina. E o teste, invariavelmente, chega a conclusão de que eu sou um viciado leve. O que é mentira, anote.

Hoje, descobri que esse teste que eu faço tem nome (teste de Fagerstrom) e data de nascimento (1974).

Com todo respeito ao doutor Karl Fagerstrom, e aos especialistas que ainda o usam, o teste é ridículo. Se não por outra, por essa: desde 1974, passaram-se 1,2, 35 anos. Imagino que o vício em nicotina tenha sido melhor estudado...

Mas eis que me deparo com uma pesquisa da Secretaria de Saúde de SP que faz carnaval em cima dos resultados desse teste de Fagerstrom e esconde o teste feito com um instrumento mais preciso.

Leia com atenção o que vai abaixo, em azul: de acordo com o teste de Fagerstrom, 44% dos paulistanos consultados são fumantes leves. Já a aferição feita com um monoxímetro, "uma espécio de bafômetro de cigarro" diz o texto, indica que apenas 17,1% são fumantes leves.

De qualquer forma, dizer para um fumante leve, na minha opinião, que é fácil largar o cigarro é besteira. Ele sabe que não é. É como dizer que chocolate light é igual ao normal ou sexo com camisinha é igual ao sem. Educação pela mentira.

Baixa dependência do cigarro prevalece entre os paulistanos
O nível de dependência em relação ao cigarro é baixo ou muito baixo entre 44% dos fumantes. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde realizado na cidade de São Paulo durante ações de prevenção e alerta promovidas ao longo de 2008 em locais de grande circulação.

Dos 838 que responderam ao Teste de Fagerström, que mede a dimensão do vício no dia-a-dia, como, por exemplo, a dificuldade de ficar sem fumar em locais proibidos, 372 foram avaliados como dependentes leves ou muito leves, o que significa que eles têm potencial para largar o vício sem grandes traumas. Outros 114, ou 13,6%, tiveram como resultado grau de dependência média. E para 42% a avaliação foi de fumante com dependência alta ou muito alta.

Dos 760 fumantes que fizeram o teste do monoxímetro, espécie de “bafômetro” do cigarro que mede a quantidade de monóxido de carbono expirado, 58,7% foram avaliados como fumantes pesados, ou seja, que consomem dois ou mais maços de cigarro por dia. Outros 24,2% foram avaliados como fumantes (um a menos de dois maços diários), e 17,1% como fumantes leves.

“As pessoas com dependência baixa precisam apenas de um 'empurrão' para deixar o cigarro, e por vezes nem é necessário tomar medicamentos ou usar adesivos. Mas esses fumantes não devem se enganar, porque o consumo de nicotina, com o tempo, pode elevar a dependência”, afirma Luizemir Lago, diretora do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), órgão da Secretaria.

Os participantes do estudo avaliados como dependentes elevados ou muito elevados foram encaminhados para serviços especializados em tratamento do tabagismo, com atendimento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Já as demais pessoas receberam orientações e informativos sobre como parar de fumar.
Autoria: Assessoria de Imprensa - 13/02/09

  • não to de bom humor.
  • a minha experiência para largar o cigarro, provavelmente, não serve para você.

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